sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Só os alados voam



Imagem: Reprodução

Meu amigo Miro Cardoso fez um comentário sobre meu texto Iracema. Achei melhor colocá-lo como parte do meu blog. Vocês entenderão o porquê.


Miro Cardoso


     Um tal Martiniano de Mecejana, vulgo José de Alencar, foi lente de Direito, deputado, ministro, jurisconsulto, jornalista, orador, dramaturgo e romancista. Embora não conste nos anais de que o cearense tivesse sido compositor, cantor e/ou instrumentista, ele era, sem dúvida, inteligente e talentoso noutras áreas.
     Como escritor, deixou obras de valor literário tão reconhecidas que, desde que há vestibulares, tal autor é leitura obrigatória.
      Alencar subintitulou o romance Iracema como “Lenda do Ceará”.  Lembro-me da índia com “cabelos mais negros que a asa da graúna...” e do guerreiro Martim Soares que tinha “nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas.”
      Tanto Alencar no século XIX como Rosa no século XX foram vanguardistas de suas épocas libertando seus romances das fronteiras entre narrativa e lirismo. Portanto, Iracema / Martim e Diadorim / Riobaldo são idílicos romanescos mesclados de muita prosa e poesia.
      Viva aos Tabajaras e Jagunços!
      Luiz Pinheiro, sinto que suas criações em Decantar e Decompor trocam alianças entre as várias vertentes da arte poética musical. Parabéns, amigo. Orgulho-me de você!


     Obs.: Quanto maior a envergadura, mais alto será o voo!


     P.S.: Nos dias de hoje, Iracema, não mais virgem, estaria oxigenada numa capa da Playboy e teria seu próprio blog: labiosdemel.blogspot.com
    
     E a Diadorina seria destaque na Parada Gay.
     Martim e Riobaldo que se cuidem!

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